sábado, 22 de outubro de 2011

Relatório da Semana Temática no Seminário Batista de Campinas


Os fundamentos da Hermenêutica
Segunda Feira 03/10/2011
Para compreendermos melhor a hermenêutica basta apenas olharmos para todo nosso aspecto cotidiano, e não apenas atentarmos para as questões bíblicas. Um dos exemplos mais práticos para entendermos esta em nossa legislação, como a Lei da Ficha Limpa, mal interpretada, e também com a interpretação de leis baseadas em filosofias, tais como a União Homo afetivo de Ares de Brito: “Na sessão plenária o ministro considerou que o artigo 1723 do Código Civil deve ser interpretado conforme a Constituição, para dele excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família”
Um dos perigos presentes em nosso meio é no momento importante do aconselhamento pastoral. Temos que ter um cuidado mais que especial a isso, pois muitos hoje sem base ecumênica correta intitulam tudo com muito exagero como: Possessão Demoníaca. Em Atos 17:11 recebemos o ensinamento correto, onde todos examinavam as escrituras, para apenas conferir o que Paulo estava falando, se tudo era real e verdadeiro. Esse exemplo devemos cotidianamente seguir, além de recebermos a palavra com avidez, paixão, amor; devemos sim examinar tudo a luz da Bíblia.
Algo importante para que a nossa hermenêutica esteja sempre correta e coerente com o que Deus quer transmitir ao povo é:
  • ·         Admitir que realmente precisamos de ajuda e que a verdadeira revelação vem apenas de Deus;
  • ·         Reconhecer que sem a revelação do alto, pereceremos;
  • ·         Fé na bondade soberana de quem fez a Bíblia;
  • ·         Ler o livro com reverencia, cuidado, de forma diferenciada aos outros.
Objetivos da Hermenêutica Bíblica:
Em Isaias 66:2 observamos o cuidado de Deus com os que o obedecem e temem as suas leis! Hoje nos devemos sim, diante da interpretação tremer diante da palavra. No Capítulo 50:4 Deus além de animar os que estão cansados e desanimados todas as manhas, Ele faz com que tenhamos vontade de ouvir com atenção tudo o que quer nos revelar, somos mais que atraídos pelo desejo de ouvi-lo. Paulo em sua carta Romanos nos transmite a certeza de que tudo que esta escrito nas sagradas escrituras foi exatamente dito para que tenhamos esperança por meio da paciência e da coragem que ela nos dá, ou seja, a hermenêutica tem que tomar conta de todas as nossas emoções e também de nosso público. E, essas emoções têm que ter toda alegria no que lemos, e melhor que isso sermos alegres baseados em Deus. A hermenêutica nos torna estudiosos com mais disciplina, e conseguimos sintetizar/sistematizar toda a teoria da interpretação bíblica; a pratica da hermenêutica esta presente em nós: exegese; exposição bíblica:  


Esse gráfico nos mostra a importância de toda hermenêutica com a correta exegese: Concluir a inclinação do coração de todos através da mudança de afeto. Observando que temos que ter como pressuposto correto a Bíblia como mediadora da verdade suprema.
            A transformação que queremos que aconteça, deve atingir antes de tudo o intelecto do ouvinte. O fato de nos dedicarmos nos estudos diário da palavra com a hermenêutica e suas técnicas, nos torna intelectuais, ao termos então uma boa leitura.
            O bom hermeneuta entende que através de seus estudos constantes, quem faz a mudança em seu coração e de todos que o ouvem, é o Espírito Santo.

Abordagem da nova Hermenêutica
 Terça Feira 04/10/11

Método Histórico Crítico
Temos como base o método Histórico Gramatical também, antigo, porém ainda usado, através da neortodoxia e pós-modernidade, tem feito com que o radicalismo até então implantado venha a desaparecer. Nosso pressuposto principal para entendermos é: Bíblia como palavra de Deus e Escritura. Erroneamente para deduções usavam, o Fruto do Humanismo da Renascença; Deísmo Inglês; Ceticismo Francês; Iluminismo Alemão. Analisando a teoria de Bultmann na qual, ele constata uma mentira piedosa para que venhamos a nos inspirar incorretamente. Frederic W. Farrar afirma que toda exegese antes do Método Histórico Gramatical foi infantil, superficial, ingênuo e equivocada.   

Partindo para outra questão importante, devemos entender que para chegar a varias conclusões, independentemente de qual seja nossas deduções, o principal é: todo o processo de interpretação Bíblica é e deve ser humilhante! Toda nossa pesquisa tem que ser feita de maneira isenta e neutra, e para que venhamos a encontrar Cristo precisamos ler a Palavra entendendo seu apontamento principal. Varias são as teses que são discutidas nesse ponto tais como: a falta de preocupação com os direitos autorais, a teoria do livro de gêneses ter varias divisões, como resultados de vários textos; os evangelhos também, devido a varias comunidades, então juntam todos os textos.
Encontramos ainda muitos dilemas para questões. As causas entende-se que é pela falta de assumir pressupostos dogmáticos que venham a refletir a autoridade das escrituras: não acharam a divisão:”Escritura X Palavra de Deus”; o Cânon não pode ser dividido como normativo e formal. Existe também a dificuldade de identificar as fontes usadas nos Canon sem atribuir e sem negar a autoria do texto.

O Pregador como Construidor de pontes
Quarta Feira 05/10/11
            Partindo de pressupostos principais para ser um bom pregador: Contextualização; pureza da interpretação; clareza. A principal idéia a se analisar é que o sermão deve ser visto como um mecanismo de construção de pontes: do mundo antigo do texto bíblico ao mundo moderno da congregação. E para iniciar, o que se deve observar com cuidado é: Qual expectativa  do seu povo, congregação, seus ouvintes quanto a sua palavra:

  • ·         Inspiradora
  • ·         Instrutiva
  • ·         Bíblica
  • ·         Desafiadora
  • ·         Prática

Algumas são as reclamações sobre o púlpito, as quais estão bem presentes em nosso meio cotidiano, e que talvez nós mesmo já indagamos quando alguém está a compartilhar algo em um altar de nossas igrejas, seguem:

  • ·         Difícil de entender
  • ·         Arcaico
  • ·         Não produz mudança
  • ·         Complexas
  • ·         Muitas análises Bíblicas e poucas respostas
  • ·         Poucas ilustrações
  • ·         Pressuposições ao conhecimento do povo

O mais interessante diante de todo esse mostruário confuso que temos sobre a pregação, é ver o que um dos mais conceituado escritor e pregador britânico diz a respeito da mensagem pregada: “Eu Creio na Pregação”, John Stott. Precisamos seguir de algumas indagações próprias para saber se realmente obtivemos êxito em nossa palavra. Como estamos abordando os temas; ao ensinarmos a bíblia sentimos que realmente entenderam a mensagem; em nossa comunicação, gostaram da forma como abordamos; e um dos principais pressupostos para uma boa ponte a ser criada: para que haja transformação de vida, irão colocar em pratica?
Outro ponto principal para continuar a construir essa ponte é entender quais são os objetivos para o público:

  • ·         Entender o texto Bíblico
  • ·         Interpretá-lo corretamente
  • ·         Quais implicações do texto para sua vida
  • ·         Sejam desafiados em colocar o ensino em prática
Mas, diante tantas técnicas para obter êxito em nossas palestras, pregações, sermões, ensinos e escola bíblica, existe algo fundamental na vida do ministro da palavra que temos que atentar diariamente, conhecer seu publico pessoalmente. Fazer uma pesquisa, conviver, observar através do aconselhamento, o que seu publico gosta ou não gosta, esse venha ser o método mais eficaz para ter e conseguir manter um público atento as tuas palavras. Cabe também ressaltar algo primordial para nos amenizar quanto a nossa preocupação: “ O Objetivo central da Hermenêutica não é o comentário, mas sim o sermão” Ao falarmos sobre a comunicação temos que entender que ela tem que estar anexada a “Comunicação Transcultural”, para que então possamos contextualizar nossa palavra. Temos que transmitir a palavra do evangelho relatada nas escrituras para um ambiente diferente do que se passava como, cultura; social; religioso e histórico. O maior desafio que enfrentaremos é unir dois mundos de épocas diferentes com a pregação da palavra. Vou destacar alguns perigos que podemos correr em nossas explanações:
·         Conhecer excessivamente o texto
·         Ser dominado pela Aplicação
·         Insere de forma errada os problemas da igreja na pregação
·         Apresentar formas variadas de como fazer as coisas.
E diante dos dois mundos:
·         O que significa o texto
·         O que diz o texto
·         Dupla exegese
·         Sermões bifocais- hoje e ontem
A arte de preparar a mensagem e aplicá-la corretamente exige trabalho, tempo. Precisamos entender o significado para podermos interpretar de forma certa; ter em mente o esboço completo da passagem; dentro de nossa interpretação tentar comparar com os dias de hoje e ver qual é a relevância; e contextualizar de forma clara para explicá-la a ponto de causar o desejo de nossos ouvintes aplicá-la. Diante de tantas idéias para ter êxito em nossas palestras e pregações precisamos partir do principal pressuposto, que é crer na bíblia em toda a sua excelência, e, além disso, entender todas as necessidades dos que estão ao teu redor. Considerar sempre a palavra é algo essencial, porem saber quem são seus ouvintes é inevitável, pois assim diante dos sintomas, observando as raízes conseguiremos  dar atenção e ir de forma correta a sua causa de variados problemas. E para finalizar essa ponte temos um ilustrador:




Homilética Criativa
Quinta Feira 06/10/11

            Partir para uma boa explanação não é algo fácil de fazer, pois sempre temos nosso público já definido, por nós mesmo. Esquecemos que temos vários públicos a serem atingidos, tais como: Criança, Adolescente, Jovens, Adulto, 3° Idade. Além de termos variados tipos de platéia temos também uma Homilética para cada uma. A grande questão a analisar é que nos tornamos tediosos diante dessas complicações, e esquecemos o Deus criativo que servimos! Para que nossa pregação seja criativa em vários aspectos precisamos analisar quatro características:
  • ·         Passagem
  • ·         Pregador
  • ·         Pregação
  • ·         Povo

Para usar de forma criativa a passagem precisamos: Ter uma leitura dinâmica; ler de forma dramatizada; ser expressivo ao ler e usar um modo coloquial, modular e emotivo. A criatividade do pregador consiste em ser um ótimo contador historias, como por exemplo, com crianças; entender diante de um guia histórico; usar slides, filmes, mapas, poesia. Com todos esses recursos partimos então para pregação: abusar de recursos audiovisuais; retro projetor ou mídia; flanelógrafo; cartuns; material reciclável; fantoches ou bonecos; objetos, enfim, todos os recursos são válidos para obter êxito nas palavras. Nesse ponto entramos para a criatividade do povo, a qual precisa ser explorada, e de forma inusitada, devemos diante do momento teológico fazermos perguntas; montar uma equipe de observadores; estudar um caso específico; dramatizar com eles a mensagem; ter em momentos informais um relacionamento com eles; sempre usar de brincadeiras bem aplicadas.
Todos os acima citados diante de uma semana de seminário são de importância gigantesca, fui ricamente atraído a participar quatro desses dias, onde expliquei um pouco do  que compreendi. Mas o mais belo a  falar , é que mesmo diante de tantas técnicas e treinos, vejo como é maravilhoso o Espírito Santo trabalhar em nosso meio, diante de um devocional, oração ou até mesmo quando nos dedicamos em concluir um trabalha como esse. E para encerrar digo que, o melhor  é ver nosso Deus falando sem regras, sem técnicas, sem estudos, mas sim de forma sutil e amorosa aos nossos corações!

Rodrigo de Lima Sousa sexta 21 de outubro de 11.

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